O
segundo mandamento da Lei Morai proíbe duas coisas: fazer imagens
com fim de adoração e, existindo imagens previamente feitas por
alguém, prostrar-se diante delas e prestar-lhes culto (Êx. 20:4-6).
Além disso, este mandamento estabelece a espiritualidade e santidade
de Deus como verdades fundamentais que devem ser a essência do
verdadeiro culto. Este mandamento foi estabelecido por Deus
acompanhado de uma série de advertência. Deus é zeloso em exigir
exclusividade na adoração e culto puramente espiritual. E esse zelo
o leva a punir a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta
geração. Ao fazer tal advertência, Deus só quis chamar a atenção
dos pais para a sua extrema responsabilidade, mostrando-lhes que sua
infidelidade a Deus traria consequências danosas para suas futuras
gerações. Vejamos ainda outros conceitos da Palavra de Deus sobre a
idolatria.
1 –
Termos desprezíveis para os ídolos. Nas Escrituras,
mencionam-se repetidas vezes os deuses falos e os ídolos com termos
de desprezo, como sendo imprestáveis (I Cr. 16:26); horríveis (I
Re. 15:13); impudência (vergonhosa causa) (Jr. 11:13); detestáveis
(Ez. 16:36,37) e repugnantes (Ez. 37:23).
2 –
A descrição da idolatria na Bíblia. A idolatria é descrita como:
Uma abominação a Deus (Dt. 7:25,26); Odiosa a Deus (Dt. 16:22;
Jr. 44:3,4); sanguinária (Ez. 23:39); sem proveito (Is. 46:7);
irracional (At. 17:29); contaminadora (Ez. 20:7;36:18).
3 –
O conceito de Deus sobre os ídolos (Is. 44:9-20). O próprio
Deus nos leva a uma análise crítica sobre a idolatria,
mostrando-nos como pode um ser tão inteligente, como o homem, adorar
“coisas” feitas de madeira, pedra ou metal. Ele faz afirmações
contundentes sobre ídolos, dizendo que: a) eles não tem serventia;
b) não tem vida nem sentidos (Sl, 115.4-8); c) servem para confundir
e envergonhar; d) é feito por homens fracos e mortais; e) são
feitos de materiais, comuns e perecíveis; f) demonstram a insensatez
do homem. Deus condena claramente a procissão de imagens de
escultura (Is. 45:20), e ainda afirma que a imagem é mentira, pois
não há vida nelas (Jr. 51:17,18).
4 –
A denúncia do profeta Jeremias (Jr. 44:17-26). A imagem de uma
mulher com um menino no colo já era adorada nos tempos do profeta
Jeremias. O nome da mulher era Semírames e o nome do menino Tamúz.
Com a “conversão” do Império Romano ao Cristianismo, mudou-se o
nome da mulher e também do menino (Maria e Jesus), mas a imagem é a
mesma. Até hoje é sustentado, pela tradição, a cor das vestes da
Rainha do Céu (Jr. 10:1-15). Os homens, no tempo de Jeremias, já se
ajoelhavam diante as imagens e adoravam-nas (Jr. 1:16).
5 –
O conceito dos Santos Apóstolos (Rm. 1:21-23). No conceito do
apóstolo Paulo, a idolatria é: a) desconhecimento de Deus; b)
adoração falsa; c) falta de gratidão a Deus; d) insensatez; e)
loucura; f) degeneração. Paulo e Barnabé, após terem efetuado um
milagre de cura, recusaram a adoração por parte da sociedade de
Listra (Atos 14:8-18). O apóstolo Pedro também recusou adoração,
por também ser homem (Atos 10:25,26). Os próprios anjos de Deus não
aceitaram a adoração humana (Ap. 22:8.9; Mt. 4:9-10). Os
fabricantes de imagem consideravam o cristianismo como uma ameaça a
seu lucrativo negócio (Atos 19:23-27).
6 –
Com relação à idolatria, os cristãos devem: Resguardar-se
dela (Js. 23:7); não ter pacto com os idólatras (Êx: 34:16). Os
servos do Senhor precisam guardar-se dos ídolos (I Pd. 4:3; I Jo.
5:21), até mesmo hoje em dia.
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