JESUS CRISTO

A Bíblia no Antigo e Novo Testamento funciona como duas engrenagens trabalhando e encaixando-se harmoniosamente. Todos os livros do Antigo Testamento, direto ou indiretamente fazem referência a Jesus. Por tudo isso nosso objetivo é estudarmos alguns aspectos fundamentais sobre o Senhor Jesus Cristo.

1 – JESUS EXISTIA ANTES DO SEU NASCIMENTO

A existência de Jesus não teve início como a de todos nós. O seu nascimento foi diferente. Ele já existia num passado eterno. Quando Deus criou o mundo Jesus já existia e estava com Deus. Vejamos o testemunho bíblico a respeito.

1 – O evangelista João dá testemunho da preexistência de Jesus (Jo. 1:1,2)

No princípio era o verbo...”. Jesus era o verbo, ou seja a palavra, ou ainda aquele que os homens ouviam falar nas profecias das Escrituras, mas que ainda não tinha se tornado realidade visível, mas que pela fé na palavra, no verbo, se cria que um dia haveria de nascer de uma virgem, e viria habitar no meio dos homens. “Estava no princípio com Deus”. Portanto Jesus já existia e toda criação foi feita por Ele.

2 – O próprio Jesus declarou que viveu antes de vir a este mundo (Jo. 8:57,58), “Em verdade, em verdade vos digo que antes que Abrão existisse, Eu Sou”. Em várias ocasiões Jesus referiu à sua existência no passado (Veja oração de Jesus – Jo 17:5).

3 - O Novo Testamento menciona claramente a preexistência de Cristo antes do seu nascimento (Cl. 1:15-17), Jesus não veio a existir quando gerado no ventre de Maria. Ele já fazia parte com Deus na criação e por Ele foram feitas todas as coisas. Paulo afirma que Jesus já existia antes de Deus criar qualquer coisa e que, nele, foram criadas todas as coisas visíveis e invisíveis.

II – JESUS VEIO EM FORMA HUMANA

Jesus, o eterno Filho de Deus, veio à terra assumindo a forma humana. “E o verbo se fez carne, e habitou entre nós” (Jo. 1:14). Essa afirmação da Bíblia tem dois significados fundamentais:

1 – Jesus era verdadeiramente Deus (Jo. 14:9) - “Quem me vê amim, vê o meu Pai”. Jesus não era apenas Filho do Homem, mas também Filho de Deus. Sua afirmações são categóricas nesse sentido: “Eu e o Pai somos um” (Jo. 10:30)

2 – Jesus era verdadeiramente homem (Fl. 2:6,7) - “O qual subsistindo em forma de Deus, não considerou ser igual a Deus, mas escaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, tornando-se semelhante aos homens”. Mas apesar de ser homem (sentindo fome, cansaço e sono, Mt. 4:2; Jo. 4:6;). Foi diferente dos demais em seu caráter. Ele não pecou. Falou com poder. Realizou sinais extraordinários (Mc. 6:56, Io. 7:46)

JESUS É DIVINO

1 – Seu nascimento diferente (Lc. 1:26-35; Mt. 1:18-23) – Jamais houve alguém que tivesse um nascimento igual ao de Jesus. A concepção de Jesus foi diferente da de todos os homens, bem a forma como seria gerado. Na palavra profética de Isaias 750a.c. Jesus haveria de nascer de uma virgem (Is. :14). Miquéias, que profetizou nos tempos de Isaías, 780 a.c., informou o lugar onde nasceria Jesus – Belém (Mq. 5:2/ comp. Mt. 2:1). É interessante saber que José e Maria não moravam em Belém, mas em Nazaré, cerca de 128 km dali. Por causa de um recenseamento o casal viajou para Belém, para fazer o alistamento, e quando lá chegaram, completou-se o tempo de gestação e nasceu Jesus.

2 – Sua palavras e seus ensinos eram diferentes (Mt. 7:28,29; Jo. 3:10-12; 7:46). Os fariseus e a multidão notavam a vasta diferença entre a maneira de instruir que Jesus atraia a multidão para Deus. Os rabis viam que, por seus ensinos, era reduzido a nada todo o teor das instruções por ele ministradas ao povo.

3 – O testemunho de seus discípulos (jo. 20:28). Tomé compreendeu que não estava tratando com um homem terreno, que fora seu Senhor e Meste mais, antes, com aquele que unira o temporal ao eterno, o humano ao divino, em sua própria pessoa.]

4 – A maneira diferente como viveu (Hb. 4:15). Jesus viveu uma vida perfeita. Ele sofreu toda espécie de tentação conhecida pelo homem e talvez até algumas que jamais conheceremos. Ele era como nós em tudo, menos em uma coisa: não conheceu o pecado, principalmente o da desobediência a Deus.

5 – Sua gloriosa ressurreição (Rm. 1:3,4). Paulo declarou que a ressurreição de Jesus foi uma prova de sua divindade. Segundo Paulo, o descendente de Davi, Jesus, era Deus. Para ele, a divindade e a humanidade combinaram-se misteriosamente, e o homem e Deus tornaram-se um Realmente e ressurreição de Jesus é mais uma prova inconfundível de sua divindade (Sl. 16:10; comp. Lc. 24:36-48).

A MORTE DE JESUS NA CRUZ

A morte de Jesus na cruz do Calvário é o a prova e a demonstração do amor de Deus, tendo em vista a nossa salvação (Rm. 5:8). fazendo uma leitura da Bíblia, percebemos que até a sua morte seria diferente dos demais seres humanos.

1 – Antes de morrer seria escarnecido (Sl. 22:7,8) comp. Mt. 27:41-43).

2 – Suas mãos e pés seriam furados (Sl. 22:16; comp. Lc. 23:33; jo. 20:25-28)

3 – Seria crucificado entre malfeitores (Is. 53:12; comp. Mt. 27:38);

4 – ele intercederia pelos seus algozes (Is. 53:12; comp. Hb. 9:24; I Jo. 2.1; Lc. 23:34).

5 – Seus amigos o comtemplariam de longe (Sl.. 38:11 comp. Lc. 23:49).

6 – Ele sentiria sede e lhe dariam vinagre e fel (sl. 69:21; 22:15; comp. Jo. 19:28,29; Mt. 27:34)

7 – Ele seria abandonado por Deus (Sl. 22:1; comp. Mt. 27:46)

8 – Seus ossos não seriam quebrados (Sl. 34:20; comp. Jo. 19:32,33)

9 - Em uma sepultura de um homem rico colocariam seu corpo (Is. 53:9; comp. Mt. 27:57-60).


A morte de Jesus na cruz foi voluntária (Jo. 10:17,18), preferindo morrer em nosso lugar para nos justificar diante de Deus (II Co, 5.21). Ele morreu de uma vez por todas para ser o único e suficiente salvador da humanidade (Hb. 9:26-28 e 10:12).

V – A RESSUIREÇÃO DE JESUS

Após sua morte na cruz do Calvário, Jesus foi sepultado no túmulo de José de Arimatéia, mas ao terceiro dia ressurgiu dentre os mortos (Mt. 28.1-15). Jesus morreu e ressuscitou para nos dar garantia da ressureição (Rm. 6.9), completando assim a obra redentora da cruz, reconciliando-nos com Deus. (I Co. 15.17). Dessa forma podemos dizer que a ressurreição de Cristo é também o penhor (objeto de garantia) de nossa ressurreição (Fl. 3.20,21; I Ts. 4.14-17).

VI – A ASCENSÃO DE JESUS

Após sua ressurreição Jesus esteve quarenta dias instruindo os seus discípulos. Depois ascendeu visivelmente aos céus, para estar na presença de Deus. Lá ele intercede por nós (Atos 1.9; Hb. 7.24,25).

VII – A SEGUNDA VINDA DE JESUS

A Bíblia ensina que Jesus voltará visivelmente, um dia, a fim de levar os seus (Jo. 14.2,3; Atos 1.6-11). Nada é mais claramente ensinado no Novo Testamento do que a volda de Cristo, está é a esperança de todos os cristãos verdadeiros. O fato de Jesus estar nos céus, não quer dizer que está ausente do mundo. Ele mesmo nos assegurou de sua presença em nossa vida (Mt. 28.20).

VIII – JESUS CRISTO É SENHOR

Jesus Cristo deve ser senhor de nossas vidas em todos os aspéctos:

1 – Em nossas relações comerciais e de trabalho (Ef. 6.5-9; Cl. 3.22; I Tm. 6.1,2)

2 – Em nossas relações domésticas (I Co. 6.15-20; Cl. 3.5; Hb. 13;4).

Esta soberania deve ser demonstrada através da completa submissão de nossa vida. O cristão não deve ter nenhum aspecto de sua existência fora do controle de Cristo.


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A TRINDADE DIVINA
Ao ensino de que há um só Deus em três pessoas distintas, separadas uma das outras, porém da mesma essência, chama-se Doutrina da Trindade. A palavra “trindade” não se encontra na Bíblia, mas o ensino encontra-se claramente ali, pois em o Novo Testamento existem 108 passagens comprobatórias. Muitos acham a doutrina de difícil compreensão. Nunca devemos imaginar que algo está errado, só porque não o compreendemos bem.

A UNIDADE DE DEUS
Deparamos com um mistério infinito ao estudar a natureza de Deus. Mesmo assim, há algumas verdades sobre este assunto que são reveladas com clareza. Daquilo que as Escrituras ensinam sobre a natureza de Deus nada contradiz a verdade de que só há um Deus.

1 – A Bíblia afirma que há um só Deus (Dt.. 6:4; Mc. 12:29). O hebraico de Deuteronômio diz literalmente: “Jeová [Yahweh] nosso Deus [Elohim] Jevoá [é] Um”. Essa passagem afirma que Eloim, é Um no sentido de que não há outro, ou seja, Ele é o único Deus (Êx. 20:3; Dt. 4:35,39). A palavra “único”, ligada a Deus, vem do hebraico “ehadh” que indica uma unidade composta. Quando esta palavra é indicada no sentido absoluto, é empregada a palavra “yahodh”. É preciso distinguir entre duas qualidades de unidade: unidade absoluta e unidade composta. A expressão”um homem” traz a ideia de unidade absoluta, porque se refere a uma só pessoa. Mas quando lemos que o homem e a mulher serão “uma só carne”. Essa é a unidade composta, visto que ser refere à união de duas pessoas.

2 – As três pessoas divinas são um (I Jo. 5:7,8). Com unidade de Deus queremos dizer que a natureza divina é uma unidade indivisível. Isto é, Deus não consiste de partes nem pode ser dividido em partes. Assim, a mesma essência. Eles são divisíveis apenas na unidade numérica e indivisível na unidade de Deus.

3 – A unidade absoluta não desfaz a sua individualidade (Mt, 3.16,17). - O Pai, o Filho e o Espírito Santo são constantemente citados como Pessoas separadas com operações específicas operadas por cada uma. Porém, os três cooperam unidos e num mesmo propósito, de maneira que no pleno sentido da palavra, são “um”.

Não há contradição ente o ensino da unidade de Deus e o ensino da Trindade. Com trindade queremos dizer que há três distinções eternas em uma essência divina. Estas três distinções são três pessoas, conhecidas respectivamente como Pai, Filho e Espírito Santo. Devemos portanto, buscar nas Escrituras a verdadeira doutrina da Trindade.

1 – A Trindade no Antigo Testamento (Gn. 1:1,26) Muito embora a doutrina da Trindade não fosse explicitamente mencionada no Antigo Testamente, sua origem pode ser vista nos textos bíblicos. A expressão “Deus” vem do hebraico “Elohim” que literalmente quer dizer “deuses”, pois a palavra é plural, e às se usa, em hebraico acompanhada do adjetivo plural e com verbo no plural. Todos os membros da Trindade são mencionados no Antigo testamente: a) Pai (Is. 63:16; Ml. 2:10); b) o Filho de Jeová (Sl. 2:6:7; Is. 9:6); c) o Espírito Santo (Gn. 1:2; Is. 61:1).

2 - A Trindade no Novo Testamento (II Co. 13:13). Dentro do Novo Testamento, a dourina da Trindade fica grandemente ampliada. Cada pessoa da divindade é declarada como sendo divina. a) Pai é Deus (Mt. 6:8; Gl. 1:1); b) o Filho é Deus (Jo. 1:1-4,14,18; Rm. 9:5, Cl. 2:8,9; Tt. 2:13; II Pd. 1.1); c) o Espírito Santo é Deus (Mc. 3:29; Ato 5:3,4; II co. 3:17,18). A Bíblia apresenta assim esta realidade singular e misteriosa um Deus, Pai, Filho e Espírito Santo.

III – A TRINDADE E OS ATRIBUTOS

É um fato desafiador que os atributos da Divindade sejam atribuídos a cada uma das benditas Pessoas da Trindade.

1 – Eternidade. O Pai (sl. 90:2); O Filho (Cl. 1:17); O Espírito Santo (Hb. 9:14)

2 – Onipresença. O Pai (Jr. 23:24); O Filho (Mt. 18:20); O Espírito Santo (Sl. 139:7)

3 – Onisciência. O Pai (Jr. 17:10); O Filho (Ap. 2:23); O Espírito Santo (I Co. 2:10;11)

4 – Onipotência. O Pai (I Pd. 1:5); O Filho (II Co. 12.9); O Espírto Santo (Rm. 15:19)

5 – Santidade. O Pai (I Pd. 1:16); O Filho (Atos 3.14); O Espírito Santo (Lc. 12:12).

6 – Amor. O Pai (I Jo, 4:8,16); O Filho (Ef. 3:19); O Espírito Santo (Rm. 15:30).

7 – Verdade. O Pai (Jo. 7:28); O filho (Ap. 3.7); O Espirito Santo (I Jo. 5:6)


IV - A OBRA DA TRINTADE DIVINA
Além de cada obra distinta d eDeus ser realizada por uma Pessoa da Divindade, também as obras principais de Deus são atribuídas a cada uma das Três Pessoas. Podemos observar a atuação da Trindade Divina em pelo menos quatro áreas.

Na criação do universo (Gn. 1:2; Sl. 102:25; Cl. 1:16). A criação do universo foi uma realização de cada Pessoas da Trindade. Todos igualmente participaram neste empreendimento. Os atos da criação separados, ainda que completos, da parte de cada Pessoas reúnem0se na afirmação: “No princípio criou Deus (Elohim – nome que pressagia o mistério da pluralidade na unidade e a unidade na pluralidade) os céus e a terra” (Gn. 1.1)

Na criação do homem (Gn. 1:26; 2:7; Jó 33:4/ Cl. 1:16). A criação do homem é um ato criador de Deus. Este ato criador de Deus é obra das Pessoas separadas na Trindade. Houve a participação de Jeová Elohim, do Senhor Jesus e do Espírito Santo. À vista disto, Salomão adverte: “Lembra-te do teu criador (palavra plural no hebraico) nos dias da tua mocidade” (Ec. 12.1, veja ainda Is. 54:5 onde o termo “criador” também é plural).

Na salvação do homem (Jo. 3:16). O Espirito gerou o Filho (Lc. 1:35), mas de tal maneira que o filho sempre se dirige à primeira Pessoa chamando-a de Pai (Jo. 17:1-8) Cristo, o Filho, sempre faz a vontade do Pai e, para isto, recebeu o Espírito sem medida (Jo. 15:10; Lc. 3:21,22). Na sua morte houve a participação do Pai (Sl. 22:15; Rm. 8:32), do próprio Jesus (Jo. 10:18; Gl. 2:20), e do Espírito Santo (Hb. 9:14). Também na sua ressurreição podemos perceber a atuação dos três (Ato 2:24; Jo 10:18; I Pd. 3:18).

Na ressurreição da humanidade (Jo 5:21; Rm. 8.11). Mais uma vez os três estarão atuando em favor de todos os seres humanos para o Dia da Redenção. Assim a unidade e pluralidade. Ficaram demonstradas que existem na Divindade em um plano de relacionnamento acima e além do alcance da experiência humana.

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