Veja além dos seus olhos



Série: Atitude
Veja além dos seus olhos

Texto base: Marcos 10.46-52
                Vamos analisar a vida de uma pessoa totalmente sem esperança, condenada a viver o resto dos seus dias mendigando, no mundo em que ele vivia não existia chance, sua expectativa de vida era se alimentar para continuar vivendo, mas nada. Você já pensou em algo assim? O único destino para alguém que estava cego, naquele tempo, era mendigar.
                Lendo o texto bíblico podemos extrair algumas lições para nossa vida, vejamos.

Quais as dificuldades de Bartimeu?
1 – Era cego, não podia ver nada diante dele.
2 – Tinha uma multidão ao seu redor, a chance de Jesus ir até ele era pequena.
3 – A multidão estava contra a ele.

O que ele fez para alcançar seu objetivo?
1 – Usou tudo que ele tinha, sua voz.
2 – Não desanimou com a repreensão da multidão, quanto mais as pessoas o repreendia, mais alto ele clamava.

Ele sabia a quem era Jesus
                Ele chama a Jesus de filho de Davi, o uso dessa expressão indica que Jesus era o Messias, o descendente de Davi, pois Deus prometeu a Davi que seu trono seria eterno, e a única forma de ser eterno seria através de Jesus, então, podemos ver que o cego entendia que Jesus era o Messias, o salvador do mundo.

Conseguiu sua vitória
                Jesus parou, mandou chamar ele e fez uma pergunta: O que queres que eu te faça? Jesus sabia que o cego queria ver, isso era muito obvio, porém era necessário o cego declarar com os próprios lábios o que ele queria, o Senhor Jesus quer relacionamento. Precisamos pedir, conversar com Jesus, expressar nossa dificuldade, mesmo que ele saiba.
                A resposta de Jesus foi: A tua fé te salvou. Precisamos ter fé, ter atitude para alcançar nossas bênçãos, o milagre foi realizado porque Bartimeu acreditou. E você crê?
                Então ele passou a seguir Jesus.

Para você refletir
                A atitude de Bartimeu nos mostra que não existem dificuldades que possam impedir de chegarmos até Jesus, seja doença, pecado ou qualquer outra coisa, não há impedimentos, ainda que você não veja ou não tenha voz, clame com sua mente, seus pensamentos, tome atitudes, clame e você terá a resposta de Deus.


Não se contente com o que você está vendo



Não se contente com o que você está vendo

“A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo o teu corpo terá luz; Se, porém, os teus olhos forem maus, o teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grandes serão tais trevas.” Mateus 6:22-23.
                Hoje, gostaria de refletir um pouco sobre um texto bíblico que fala do cego de Jericó, pode parecer estranho falar do cego e mencionar o texto acima, porém no decorrer da mensagem você vai entender porque escolhi esse texto para servir de base para esta mensagem.

Qual a sua condição?

                Analisando o texto de Lucas 18.35-43 podemos observar algumas coisas interessantes que podem fazer com que a gente repense em nossas atitudes.  A primeira e mais importante é o cenário em que o cego se encontra.
Era cego: Ser cego no contexto em que ele vivia era algo muito pior do que hoje, ser cego significava não ser nada, alguém que não tem serventia.
Dependente: Abandonado pela família ou simplesmente posto ali todos os dias para ganhar o seu sustento, para levar algo para sua casa, não tinha muito o que fazer. Era alguém totalmente dependente. 
Desprezado: Era desprezado por tudo e por todos, sua vida pouco importava para a sociedade, não tinha valor nenhum.            
Sem perspectiva: Alguém que não tinha futuro, a única coisa que podia fazer era viver por toda a vida daquele jeito, vida de humilhação, até para sonhar era difícil.
Eu lhe pergunto novamente: Qual é a sua condição?
Você pode sonhar? Há algo que impede você de ter um bom futuro? Há alguma coisa que te impeça de lutar?

Pare de reclamar

Vivemos num tempo em que reclamamos de tudo, nada ta bom, nós erramos e depois colocamos a culpa em Deus, tudo é muito difícil, estamos presos a sentimentos e não sabemos amar as pessoas, tudo o que queremos é receber amor e não queremos dar amor. Reclamamos o tempo todo de nossa situação, mas o que estamos fazendo para mudar nossa situação?
Será que reclamar da vida resolve alguma coisa, aprendi que o mais importante é ter atitude, aprendi também que quando tenho um problema, preciso logo enxergar soluções? Eu sei as vezes bate um desânimo, aquela vontade de largar tudo, mas será mesmo que é o fim? Eu acredito que não, tudo depende do ânimo que carregamos dentro de nós, e se decidimos mudar de ânimo, com um pouco de esforço conseguimos e tudo muda ao nosso redor.

A persistência

                O cego percebe que tem um movimento diferente, maior do que o de costume, então pergunta o que era aquilo, alguém responde: Jesus o nazareno está passando. Então ele clama, grita bem alto, ele usa todas as suas forças e chama: Jesus, filho de Davi, tem misericórdia de mim! Ele enxerga além dos seus olhos, ele começa a ver possibilidade, não pode deixar essa oportunidade passar.
                Ele chama “Filho de Davi” quando faz uso dessa expressão está reconhecendo que Jesus Cristo é o Messias, mas como reconheceu? Isso não se sabe, mas quem sabe ele ouviu em algum lugar ou mesmo na sua infância sobre o Messias, não temos essa informação correta, mais sabemos que esse cego conhecia, mesmo que de uma forma bem básica que o Messias viria e talvez em seu coração pudesse haver um esperança de salvação para o seu problema.

Não é simples conseguir o milagre

                Uma das dificuldades que o cego precisa enfrentar é a multidão, essa multidão manda o cego ficar calado, vamos pensar um pouco, não era pra ser diferente? As pessoas não deviam ajudar o cego? Era pra ser, mas nem sempre é assim, na verdade as pessoas que ali estavam somente se preocupavam consigo mesmo. Todos queriam o seu milagre, e não é assim que anda a multidão, cada um importando consigo mesmo? É assim que as vezes nos encontramos, com muita gente ao nosso redor porém estamos sozinho, nesse momento não há ninguém que pode nos ajudar, parece que tudo e todos estão contra nós, porém o cego não olhou para as circunstâncias que o cercava, seu foco estava no milagre. E você, qual o seu foco?

Não dê ouvidos a multidão

                A multidão é a mesma, e se você der ouvidos a ela, você para.  Portando não dê ouvidos a multidão, creia em Jesus, creia no milagre.
                A multidão não intimidou o cego, quanto mais ela o mandava parar, ele clamava mais alto ainda, ele tinha um objetivo, nada podia parar o cego, ele queria conquistar seu milagre. A multidão manda a gente se calar e nós aceitamos, as circunstâncias dizem que não devemos prosseguir e damos ouvidos a elas. As vezes a multidão nem precisa insistir, com apenas uma palavra ela consegue nos parar.
                Qual o tipo de prova que você tem enfrentando? Será que você já gritou o bastante? Será que a voz da multidão tem parado você? É necessário uma atitude mais enérgica, um clamor mais forte. Enfrente os seus problemas, não se curve a eles. Não aceite a condição que a vida lhe impõe, lute vá em frente, você pode, busque a Deus.
                Sabe qual o nosso maior problema? É olhar os obstáculos da vida como empecilho para o crescimento, quando na verdade eles são ensinamentos, se você entender dessa forma vai aprender com os obstáculos, vai notar que cada um deles lhe mostrou uma visão de um ângulo diferente da sua vida. As vezes fico pensando se eu não tivesse passar por dificuldades, como seria minha vida, acho que aprenderia bem pouco, ou quase nada. Qual o marceneiro que nunca aprender como se deve usar um serrote? Será que no aprendizado ele não errou? Será que tudo foi fácil desde o primeiro momento? Quem é o profissional que não passou pela experiência de errar?  Foi no erro que muitas coisas foram aperfeiçoadas.
                E você, do que está com medo? Tem medo de errar? Vou te dizer algo importante: Só erra quem tenta fazer. Se você não tentar, nunca vai poder experimentar o resultado. E se errar no primeiro, tente o segundo, a experiência que vai ganhar vai lhe ajudar a chegar na perfeição, portanto, não desanime, olhe pra frente, não dê ouvidos a multidão.

O que queres que eu te faça?

                Então Jesus ouve o cego, e finalmente manda-o buscar, porém quando o cego chega diante de Jesus, o mestre lhe faz uma pergunta: O que queres que eu te faça? Você há de convir que é uma pergunta muito estranha, olhando para o cego logo percebemos a sua necessidade e logo imaginamos o que ele mais quer na vida, logicamente que ele queria ser curado da sua cegueira. Mas porque Jesus pergunta? Jesus já te fez essa pergunta? Eu acredito que você deve ter feito essa pergunta: Jesus conhece o meu problema, porque ele não resolve? O fato é que Jesus quer ouvir de você, ele quer diálogo, quer conversar, quer que você fale, quer relacionamento, independente de Ele saber. A pergunta de Jesus não é para Ele, essa pergunta é importante para você, para cada um de nós, é para uma alto reflexão, é para pensar profundamente no seu problema, é para testar suas convicções, sua fé. A resposta do cego foi pronta, ele já tinha certeza no seu coração, ele diz: Que eu veja. O mais interessante é que Jesus sempre age diferente com capa pessoa, a fé daquele cego era suficiente para que ele fosse curado. Jesus não pós a mão sobre ele, não cuspiu não chão e fez logo como no outro cego, não fez nada, simplesmente disse, a tua fé de salvou. E ele logo viu. E se Jesus perguntasse para você hoje: O que queres que eu te faça? Você teria uma resposta? Você ia crer que realmente Jesus podia curar? É necessário ter convicção e crer que de fato Jesus pode nos curar.
Creia Jesus pode, Ele sempre pode, o problema está em nós, precisamos olhar a vida com outros olhos, não desista, olha pra frente, creia, lute, conquiste, Deus lhe deus vida, invista em si mesmo, a multidão não tem poder para lhe parar.

Que Deus lhe abençoe.
Pb. Claudio H. C. Duarte.            
               






Nós temos a mente de Cristo?



 “Porque, quem conheceu a mente do Senhor, para que possa instruí-lo? Mas nós temos a mente de Cristo.” I Coríntios 2.16.
            Ficamos o tempo todo questionando a si próprios sobre nossa própria vida. As questões são muitas e parecem não ter fim e muitas delas ficam sem respostas. Porém há algo que precisamos questionar mais profundamente, é sobre nossa vida espiritual, será que temos a mente de Cristo? Será que conseguimos entender as coisas espirituais? Vamos entender o que o Apóstolo Paulo quer dizer sobre isso?
Quem conheceu a mente do Senhor?
            A pergunta que Apóstolo Paulo faz é muito interessante, porém é respondida de maneira muito simples e sem muito esforço para pensar. Quando ele pergunta: Quem conheceu a mente do Senhor para que possa instruí-lo? A resposta é: Ninguém. Ninguém jamais pode conhecer a mente do Senhor, instruí-lo sobre alguma coisa, nem pensar em dar algum conselho, é impossível. Somos pequenos e limitados para fazer isso, por isso não há dificuldade nessa resposta. Essa pergunta não é somente feita pelo Apóstolo Paulo, no Antigo Testamento, em Isaías 40.13,14, também a encontramos: “Quem guiou o Espírito do Senhor? e que conselheiro o ensinou? Com quem tomou conselho, para que desse entendimento, e lhe mostrasse as veredas do juízo e lhe ensinasse sabedoria, e lhe fizesse notório o caminho da ciência?”. Isaías está aqui falando das grandezas de Deus, de como é grande o seu poder e seus mistérios. Mas o problema aqui não é achar quem o conheceu. O que nós precisamos compreender é a grandeza de Deus e aquilo que Ele pretende nos revelar, é nisso que devemos nos apegar.
Nós temos a mente de Cristo
            Voltando á I Coríntios 2.16, lendo o seu contexto, começando pelo versículo 1,  Paulo foi a igreja de Corinto e não se utilizou de palavras de sabedoria humana, nem técnicas para persuadir o povo, ele não está preocupando em trazer para o púlpito algo que vai surpreender a igreja por causa da sua sabedoria, pois ele mesmo fala que não deseja que a igreja de Cristo se apóie em sabedoria de homens. A palavra que ele trazia era poder de Deus.
            Paulo então afirma: Nós temos a mente de Cristo. É interessante ele trazer uma pergunta como essa e logo após afirmar que nós temos a mente de Cristo, ter a mente de Cristo é agir diferente do mundo, é pensar como Cristo, é mudança de vida, todos os dias acordar pensando em Cristo, dormir pensando em Cristo, obedecer, me esforçar para viver ao máximo em santidade. O grande problema é que muitos crentes vivem como Cristãos na igreja, mas em outros ambientes parece que a mente de Cristo foi embora.
            Paulo em II Timóteo 2.1-13, fala algo muito profundo e definitivo para o Pastor Timóteo, dentre todos esses versículos Paulo está dizendo: Precisamos estar com a nossa vida em Cristo, fazer tudo por amor ao evangelho e aos escolhidos. Há uma guerra sendo travada e muitos crentes estão pensando o tempo todo em si próprio, buscando sombra e água fresca, porém não consegue pensar na igreja, não consegue pensar em vidas, não conseguem viver o evangelho. Por isso Paulo convida a Timóteo: Sofre comigo. E ele afirma: Ninguém que milita legitimamente se embaraça com negócios desta vida, quantos crentes tem se embaraçado com muitas coisas nessa vida. O que quero destacar está no versículo 7, Deus te dará entendimento em tudo.
            O Apóstolo Tiago em sua carta também traz um questionamento em Tiago 3.13. Quem dentre vós é sábio e entendido? Logo em seguida ela fala: Mostre, pelo seu bom trato, as suas obras, em mansidão de sabedoria. Tiago fala de sentimentos ruins e pega pesado, há pessoas que ao invés de trazer paz, traz perturbação. Essas pessoas causam problemas em casa, no trabalho, na igreja, e ainda dizem que estão certas. Irmãos é preciso mudar, o crente precisa melhorar, não podemos ficar estacionados na mesma condição de vida, sempre com os mesmos problemas, com as mesmas reclamações, não conseguindo ter uma visão espiritual das coisas, achando que sempre tem razão em tudo, sempre somos os melhores, vamos parar com isso.
            Paulo fala em I Coríntios 13.11, que um dia ele era menino, então pensava e vivia como menino, mas agora ele cresceu e deixou as coisas de menino, Paulo está falando de vida espiritual progressiva. As pessoas nunca brincaram tanto com o evangelho como hoje, nunca tivemos tantas pessoas dentro das igrejas, que andam tristes, desanimadas, sem direção, pessoas que andam perdidas, que parecem até não ter se convertido. Como pode um crente estar desanimado? Se Paulo e Silas presos em cadeias, sofrendo por ter apanhado muito, ainda cantavam louvores a Deus. Fico tentando entender como essa geração sofre por problemas que não existem, por problemas que ela mesmo cria. Onde está o brilho do evangelho?
            Salmos 42 expressa uma batalha do salmista com ele mesmo, ele ta sofrendo, porém fala consigo mesmo: Espera em Deus. O Salmista não aceita a sua situação, por isso se questiona, por que estás abatida, ó minha alma? Espera em Deus.
            Paulo escrevendo aos Romanos no capítulo 8 e no versículo 18 ela afirma: Porque, para mim, tenho por certo que as aflições deste tempo presente, não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada.
            Então meu irmão, não deixem as coisas dessa vida te desanimar. Coloque sua esperança em Cristo e na salvação.
            Que Deus lhe abençoe.
            Claudio H. C. Duarte





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O DIA DA MORTE DO SENHOR


2 – Os elementos da Páscoa (Êx. 12.5). O cordeiro, a ser morto na ocasião da Páscoa, deveria ter um ano de idade e ser perfeito. Essa exigência de Cristo, o Filho de Deus (Jo. 1:29). Ainda havia naquela composição: pão asmo e ervas amargas. O pão da Páscoa precisava ser asmo ou ázimo, isto é, sem fermendo, e não podia haver nenhum traça de impureza, significada pelo fermento (êx. 12:18-20), poi prefigurava o Cristo (também sem pecado); e as ervas amargosas os sofrimentos de Israel, e o ministério de Jesus com sua aflições (Jo. 19:17).
3 – A morte de Jesus e sua relação com a Páscoa (I co. 5:7). Jesus, como o cordeiro de Deus, é a nossa Páscoa e comemora a libertação da escravidão do pecado. Relacionada ao ministério público de Jesus, a Páscoa é algo determinante que faz, coincidir, também, no mesmo dia e hora da morte de Jesus. O cordeiro da Páscoa era imolado à tarde do décimo quarto dia de Nisã e comigo depois ao pôr-do-sol. Da mesma forma que o cordeiro pascal lembra a salvação da escravidão do Egito. Cristo, o cordeiro pascal, lembra a salvação do pecado.


O DIA DA MORTE DE CRISTO



Introdução: Em que dia morreu e ressuscitou Jesus Cristo? Para a maioria dos cristãos a resposta à esta pergunta é: “morreu na sexta-feira e ressuscitou no domingo de Páscoa”. Porém não é tão simples assim. Examinando as Escrituras encontraremos a verdade sobre o dia da morte de Jesus na cruz. O presente estudo tem como objetivo examinar uma série de textos bíblicos que o farão entender melhor os fatos que envolveram a pessoa de Cristo com relação à sua morte e ressurreição.

1 -  PÁSCOA : SUA RELAÇÃO COM A MORETE DE CRISTO
            Há uma estreita relação entre a antiga Páscoa judaica e a morte de Cristo. E não se pode analisar os fatos que culminaram com Sua morte sem se levar em conta a relação existente entre ela e a Páscoa que lhe serviu de sombra (Cl. 2.17).
1 – A instituição da Páscoa (Êx. 12:1-14; Dt. 16:6,16; Nm. 28:17,18). A Páscoa era celebrada no dia 14 de Abibe, que mais tarde tornou-se conhecido como mês de Nisã. Este era o primeiro mês do calendário hebraico (o que corresponde a março/abril do calendário atual). A data da Páscoa era fixa, diferindo da Páscoa comemorava a libertação do cativeiro efípcio. O cordeiro escolhido, para esse jantar familiar, deveria ser separado no dia 10 e imolado no dia 14, no crepúsculo da tarde. O décimo quinto dia, o primeiro dia eram os dias dos pães ázimos (sem fermento); e no vigésimo segundo dia, observava-se um novo repouso (Lv. 23:8).


2 – Os elementos da Páscoa (Êx. 12.5). O cordeiro, a ser morto na ocasião da Páscoa, deveria ter um ano de idade e ser perfeito. Essa exigência de Cristo, o Filho de Deus (Jo. 1:29). Ainda havia naquela composição: pão asmo e ervas amargas. O pão da Páscoa precisava ser asmo ou ázimo, isto é, sem fermendo, e não podia haver nenhum traça de impureza, significada pelo fermento (êx. 12:18-20), poi prefigurava o Cristo (também sem pecado); e as ervas amargosas os sofrimentos de Israel, e o ministério de Jesus com sua aflições (Jo. 19:17).
3 – A morte de Jesus e sua relação com a Páscoa (I co. 5:7). Jesus, como o cordeiro de Deus, é a nossa Páscoa e comemora a libertação da escravidão do pecado. Relacionada ao ministério público de Jesus, a Páscoa é algo determinante que faz, coincidir, também, no mesmo dia e hora da morte de Jesus. O cordeiro da Páscoa era imolado à tarde do décimo quarto dia de Nisã e comigo depois ao pôr-do-sol. Da mesma forma que o cordeiro pascal lembra a salvação da escravidão do Egito. Cristo, o cordeiro pascal, lembra a salvação do pecado.


V – TIRANDO DÚVIDAS SOBRE O SÁBADO


1 – Diferença entre o Sábado moral e os Sábados cerimoniais (Ez. 20:12,20 Os. 2:11). As Escrituras Sagradas fazem referência clara a dois sábados. A saber: o Sábado moral e o Sábado cerimonial. Um é o Sábado do sétimo dia da semana. O outro ocorria em datas fixas do ano, como se fosse um feriado nacional, visto que em hebraico não existe termo para a expressão “feriado”, pois a própria palavra “shabath” significa cessar, pausa (veja Êx. 5:4,5, onde se usa a mesma palavra no original), denotando, portanto um descanso religioso (como os que temos no Brasil). Assim é que, em forma ampla. “shabath” assinalava certos dias de festa instituídos por quando se exigia a pausa do trabalho, mas que necessariamente não caíam no dia da semana cognominado Sábado (Lv. 16:29-31). Esses Sábados cerimoniais eram em número de sete. Eles tinham uma finalidade: “eram sombras das coisas futuras” (Hb. 10:1). Esses festivais sabáticos eram os seguintes: 1) Páscoa – 15º dia do primeiro mês; 2) Festas dos Pães Asmos – 21º dia do primeiro mês; 4) Memória da Jubilação (Festa das Trombetas) – 1º dia do sétimo mês; 4) Dia da Expiação – 10º dia do sétimo mês; 6) 1º Dia da Desta dos Tabernáculos – 15º dia do sétimo mês ; 7) Último Dia da Festa dos Tabernáculos – 22º dia do sétimo mês.

2 – O Sábado que foi abolido por Deus (Cl. 2:14-17). Como já dissemos anteriormente, todos aqueles sábados cerimonias que apontavam para um futuro, ou seja para Cristo, sendo dessa forma cravados na cruz do calvário, uma vez que já tinham cumprido o seu propósito profético.

3 – A Instituição do Domingo como dia de guarda (Dn. 7:25). Na primeira parte do quarto século, Constantino, o imperador romano, se tornou cristão. Ele ainda era pagão quando decretou que os escritórios do governo, cortes e as oficinas dos artesões deveriam fechar no primeiro dia da semana, “o venerável dia do sol”, como era chamado. E foi naquele mesmo século que o Concílio de Laodicéia (321 d.C.) expressou a preferência pelo domingo. Uma vez que muitos cristãos tinham sido adoradores do Sol antes de sua conversão ao cristianismo (os adoradores do Sol guardavam o primeiro dia da semana há séculos), tornar o domingo um costume cristão seria uma vantagem para a igreja.
Assim, por vários séculos, ambos os dias foram observados lado a lado. De fato, essa prática paralela continuou até o século VI com o verdadeiro sábado sendo observado em muitas áreas do mundo cristão. Mas com o paganismo se infiltrando na igreja, sob a influência tanto da popularidade como da perseguição, o domingo foi enfatizado cada vez mais, e o sábado cada vez menos. Os escritos dos pais da igreja primitiva nos contam a história. Eles traçaram o caminho da apostasia. Eles registraram as práticas da igreja primitiva. Nenhum escritos eclesiástico dos primeiros três séculos atribuiu a origem da observância do domingo a Cristo nem aos apóstolos. Augusto Neander, um dos principais historiadores da era cristão, escreveu: “O festival do domingo, como todos os outros festivais, era apenas uma ordenança humana, e estava longe da intenção dos apóstolos estabelecer um mandamento divino a esse respeito. Não era intenção deles nem da igreja apostólica primitiva transferir as leis do sábado para o domingo” - A História da Religião e da Igreja Cristã, pág. 186.

IV – OS APÓSTOLOS E O SÁBADO


1 – O Sábado foi observado pelos seguidores de Jesus, após sua morte (Lc. 23:54-56). “Preparação” é a palavra judaica para Sexta-feira. Nessa época do ano, o Sábado começava, aproximadamente às 18 horas. Às mulheres preparavam as especiarias e unguentos, substâncias aromáticas usadas para ungir o corpo dos mortos, antes do Sábado, enquanto esperavam uma primeira oportunidade para uma visita ao túmulo. Porém, “no Sábado repousaram conforme o mandamento”. Como Mateus relata que a primeira visita deu-se ao pôr-do-sol no dia de Sábado (Mt. 28:1), entende-se que o verdadeiro Sábado bíblico é o período de vinte e quatro horas do pôr-do-sol da Sexta-feira ao pôr-do-sol do Sábado (Lv. 23:32; Ne. 13:19; Mc. 1:21).

2 – O Sábado foi observado pelos Apóstolos em Antioquia (Atos 13:14,15; 42;44). Essas reuniões de Sábado ocorreram durante um período de dez anos (cerca de 45 a 55 d.C). Por que Lucas reladou todas essas reuniões que os apóstolos realizaram no Sábado, sem dizer uma só palavra sobre alguma mudança com relação ao Sábado? Por certo, se houvesse algum conselho inspirado para prestar culto noutro dia ou para não prestar culto em dia algum, Lucas teria mencionado isso.

3 – O Sábado era observado mesmo onde não havia Igreja (Ato 16:12-15). em Filipos, Paulo e seus auxiliares guardavam o Sábado “junto do rio”. Eles não foram lá porque o lugar era conveniente para se encontrarem com judeu; e, sim, porque nesse local lhes “pareceu haver um lugar de oração'. O relato demonstra que os apóstolos observaram o Sábado como dia da oração e testemunho.

4 – O Sábado também foi observado em Tessalônica e Corinto (Atos 17:1,2; 181,4,11). Alguns cristãos crêem que Paulo ia às sinagogas no dia de Sábado só porque podia encontrar ali uma assistência de judeus dispostos a ouvir o evangelho. Sem dúvida, Paulo usava as sinagogas como centro evangelístico; mas ele guardava o Sábado, quer fosse na sinagoga ou não.

III – CRISTO E O SÁBADO


1 – O Sábado foi observado por Jesus em seu ministério terreno (Lc. 4:14-16,31). A visita de Jesus à sinagoga da cidade em que Ele residiu ocorreu no fim de uma série de pregações e ensinos aos sábados. Em regra, tanto a presença de Jesus como a de Paulo, numa sinagoga, indicam a observância do Sábado. O “costume” de Jesus era frequentar, regularmente, a sinagoga aos sábados, enfatiza o escritor Lucas.

2 – O Sábado e todos os demais mandamentos foram defendidos por Jesus (Mt. 5:17-20). Jesus respondeu as acusações farisaicas de que estava destruindo a lei e os profetas (a duas partes mais importantes do Antigo Testamento), dizendo que não veio para abolir a Lei ou os Profetas. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realizações da intenção da Lei e dos profetas. Dessa forma ele reafirma que num só “i” (iota: letra menor do alfabeto grego) nem um só “til” (um pequeno acento que formava parte de uma letra hebraica) passariam, mas que a lei toda iria ser cumprida.

3 – Jesus reafirmou a verdadeira instituição do Sábado (Mc. 2:23-28). Os rabis haviam publicado, no Talmude, uma lista de 39 grandes trabalhos proibidos no Sábado. Cada um desses trabalhos se dividia em outros menores, que também eram proibidos. Colher, debulhar e joeirar faziam parte dessa lista. Foi por isso que os fariseus acusaram a Jesus de não reprimir Seus discípulos. Então Jesus lhe disse: “O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.” O Sábado foi estabelecido para ser uma bênção, benefício, não um fardo. Por esta razão. Jesus, que instituiu o Sábado, não o cobriu de mutias ordens negativas e positivas. Ele expôs um princípio que todo indivíduo deve interpretar por si mesmo. O preceito positivo de Cristo para a observância do sábado é o seguinte: “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mt. 12:12). A ocasião em que Ele proferiu estas palavras foi durante a cura, no Sábado, do homem da mão ressequida.

II – O SÁBADO NO ANTIGO TESTAMENTO



1 – O Sábado foi observado por Abraão, o pai da fé Gn. 26:5 “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis.”. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a experiência de Abraão é apresentada como grande exemplo de justiça pela fé em Cristo (Gl. 3:6-14). Abraão obedeceu, porém, às leis de Deus. A observância do Sábado não era uma experiência legalista para ele. Constituía uma benção, pois era um ato de fé no seu Criador.

2 – O Sábado foi observado antes de ser dada a lei no Monte Sinai (Êx. 16:4,5, 16-30). Os israelitas foram lembrados do Sábado antes da entrega dos Dez Mandamentos no Sinai. Eles deviam colher uma porção dobrada de maná no sexto dia, a fim de santificar o Sábado do sétimo dia. O período de escravidão no Egito (400 anos) interrompera a prática de sua observância religiosa. Depois do Êxodo, o Senhor reapresentou o Sábado. Note atentamente as palavras “prova” e “lei” no verso 4. Elas indicam claramente a existência da lei e do Sábado com prova de lealdade antes do Sinai.

3 – A observância do Sábado foi incluída no quarto mandamento da Lei de Des (Êx. 20.8-11). Quando Deus entregou Sua lei na forma escrita, incluiu o Sábado como o dia de repouso. Entre os dez mandamentos só no quarto pode-se identificar o Criador do Universo. Perceba a expressão “Lembra-te”, entre todos os 9 mandamentos só o sábado é colocado como Lembra-te, pois lá em Gn. 2.1-3 ele já tinha sido ordenado por Deus. O Sábado é o centro da Lei e sinal entre Deus e o Seu povo (Êx. 31:12-17; Ez. 20:12,20). Entre os Dez Mandamento, o 4º é o mais citado pelos escritores sagrados, demonstrando isto que Deus teve o cuidado de sempre lembrar ao homem o seu dever de santificá-lo.

O DIA DO SENHOR


Vamos tratar de um assunto relevante, o Sábado. Um estudo cuidadoso a este respeito, tanto do ponto de vista doutrinário como histórico deixará bem claro que o dever do homem de guardar o Sábado permanece enquanto ele existir sobre a terra.
A palavra “Sábado” vem do hebraico “shabath”, significa: desistir, cessar, acabar, pausa, interromper, donde vem a ideia de descanso. Logo depois que se completou a grande obra da criação, foi instituído o Sábado. Gn. 2:1-3 “Assim os céus, e a terra, e todo o seu exército foram acabados. E havendo Deus acabado, no dia sétimo, a sua obra que tinha feito, descansou no sétimo dia de toda a sua obra, que tinha feito. E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.” e por causa da sua origem divina, é dia que se deve santificar perpetuamente.

I – A INSTITUIÇÃO DO SÁBADO – GÊNESES 2:1-3

1 – O Sábado foi instituído no fim da Criação. No fim da semana da Criação, quando os três reinos (mineral, vegetal e animal), tinham saído com absoluta perfeição da mão do Criador, Deus estabeleceu o Sábado. A observância do Sábado não era desconhecida antes da entrega da lei no Sinai, como supõem muitos cristãos. Ela não é uma instituição privativa dos judeus, muitos dizem que o Sábado foi feito para o judeu, porém quando foi instituído não existia nação formada. O Sábado é uma instituição que existe desde a Criação.

2 – O Sábado foi abençoado e santificado por Deus. Após haver concluído todo o trabalho da criação. Deus descansou no sétimo dia e lhe conferiu a bênção e a santificação, dois atributos que nenhum dia da semana possui, como podemos observar em Gn. 2.3 “E abençoou Deus o dia sétimo, e o santificou; porque nele descansou de toda a sua obra, que Deus criara e fizera.” O Criador descansou não porque estivesse cansado, mas para dar exemplo ao homem criado (Is. 40.28). Deus o separou dos demais dias para nele o homem também santificar o Seu nome. Santo ou santificado quer dizer: separado para o fim do que é santo. Não que somente o sábado seja um dia de adoração, todos os dias são dias em que devemos estar adorando a Deus, porém o Sábado é o dia que Deus separou para juntos congregarmos e cultuarmos a Ele.


II – O SÁBADO NO ANTIGO TESTAMENTO

1 – O Sábado foi observado por Abraão, o pai da fé Gn. 26:5 “Porquanto Abraão obedeceu à minha voz, e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos, e as minhas leis.”. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, a experiência de Abraão é apresentada como grande exemplo de justiça pela fé em Cristo (Gl. 3:6-14). Abraão obedeceu, porém, às leis de Deus. A observância do Sábado não era uma experiência legalista para ele. Constituía uma benção, pois era um ato de fé no seu Criador.

2 – O Sábado foi observado antes de ser dada a lei no Monte Sinai (Êx. 16:4,5, 16-30). Os israelitas foram lembrados do Sábado antes da entrega dos Dez Mandamentos no Sinai. Eles deviam colher uma porção dobrada de maná no sexto dia, a fim de santificar o Sábado do sétimo dia. O período de escravidão no Egito (400 anos) interrompera a prática de sua observância religiosa. Depois do Êxodo, o Senhor reapresentou o Sábado. Note atentamente as palavras “prova” e “lei” no verso 4. Elas indicam claramente a existência da lei e do Sábado com prova de lealdade antes do Sinai.

3 – A observância do Sábado foi incluída no quarto mandamento da Lei de Des (Êx. 20.8-11). Quando Deus entregou Sua lei na forma escrita, incluiu o Sábado como o dia de repouso. Entre os dez mandamentos só no quarto pode-se identificar o Criador do Universo. Perceba a expressão “Lembra-te”, entre todos os 9 mandamentos só o sábado é colocado como Lembra-te, pois lá em Gn. 2.1-3 ele já tinha sido ordenado por Deus. O Sábado é o centro da Lei e sinal entre Deus e o Seu povo (Êx. 31:12-17; Ez. 20:12,20). Entre os Dez Mandamento, o 4º é o mais citado pelos escritores sagrados, demonstrando isto que Deus teve o cuidado de sempre lembrar ao homem o seu dever de santificá-lo.


III – CRISTO E O SÁBADO

1 – O Sábado foi observado por Jesus em seu ministério terreno (Lc. 4:14-16,31). A visita de Jesus à sinagoga da cidade em que Ele residiu ocorreu no fim de uma série de pregações e ensinos aos sábados. Em regra, tanto a presença de Jesus como a de Paulo, numa sinagoga, indicam a observância do Sábado. O “costume” de Jesus era frequentar, regularmente, a sinagoga aos sábados, enfatiza o escritor Lucas.

2 – O Sábado e todos os demais mandamentos foram defendidos por Jesus (Mt. 5:17-20). Jesus respondeu as acusações farisaicas de que estava destruindo a lei e os profetas (a duas partes mais importantes do Antigo Testamento), dizendo que não veio para abolir a Lei ou os Profetas. Ele não veio para abolir, mas para cumprir. Cumprir não significa apenas levar a efeito as predições, mas a realizações da intenção da Lei e dos profetas. Dessa forma ele reafirma que num só “i” (iota: letra menor do alfabeto grego) nem um só “til” (um pequeno acento que formava parte de uma letra hebraica) passariam, mas que a lei toda iria ser cumprida.

3 – Jesus reafirmou a verdadeira instituição do Sábado (Mc. 2:23-28). Os rabis haviam publicado, no Talmude, uma lista de 39 grandes trabalhos proibidos no Sábado. Cada um desses trabalhos se dividia em outros menores, que também eram proibidos. Colher, debulhar e joeirar faziam parte dessa lista. Foi por isso que os fariseus acusaram a Jesus de não reprimir Seus discípulos. Então Jesus lhe disse: “O Sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do Sábado.” O Sábado foi estabelecido para ser uma bênção, benefício, não um fardo. Por esta razão. Jesus, que instituiu o Sábado, não o cobriu de mutias ordens negativas e positivas. Ele expôs um princípio que todo indivíduo deve interpretar por si mesmo. O preceito positivo de Cristo para a observância do sábado é o seguinte: “é lícito fazer o bem aos sábados” (Mt. 12:12). A ocasião em que Ele proferiu estas palavras foi durante a cura, no Sábado, do homem da mão ressequida.


IV – OS APÓSTOLOS E O SÁBADO

1 – O Sábado foi observado pelos seguidores de Jesus, após sua morte (Lc. 23:54-56). “Preparação” é a palavra judaica para Sexta-feira. Nessa época do ano, o Sábado começava, aproximadamente às 18 horas. Às mulheres preparavam as especiarias e unguentos, substâncias aromáticas usadas para ungir o corpo dos mortos, antes do Sábado, enquanto esperavam uma primeira oportunidade para uma visita ao túmulo. Porém, “no Sábado repousaram conforme o mandamento”. Como Mateus relata que a primeira visita deu-se ao pôr-do-sol no dia de Sábado (Mt. 28:1), entende-se que o verdadeiro Sábado bíblico é o período de vinte e quatro horas do pôr-do-sol da Sexta-feira ao pôr-do-sol do Sábado (Lv. 23:32; Ne. 13:19; Mc. 1:21).

2 – O Sábado foi observado pelos Apóstolos em Antioquia (Atos 13:14,15; 42;44). Essas reuniões de Sábado ocorreram durante um período de dez anos (cerca de 45 a 55 d.C). Por que Lucas reladou todas essas reuniões que os apóstolos realizaram no Sábado, sem dizer uma só palavra sobre alguma mudança com relação ao Sábado? Por certo, se houvesse algum conselho inspirado para prestar culto noutro dia ou para não prestar culto em dia algum, Lucas teria mencionado isso.

3 – O Sábado era observado mesmo onde não havia Igreja (Ato 16:12-15). em Filipos, Paulo e seus auxiliares guardavam o Sábado “junto do rio”. Eles não foram lá porque o lugar era conveniente para se encontrarem com judeu; e, sim, porque nesse local lhes “pareceu haver um lugar de oração'. O relato demonstra que os apóstolos observaram o Sábado como dia da oração e testemunho.

4 – O Sábado também foi observado em Tessalônica e Corinto (Atos 17:1,2; 181,4,11). Alguns cristãos crêem que Paulo ia às sinagogas no dia de Sábado só porque podia encontrar ali uma assistência de judeus dispostos a ouvir o evangelho. Sem dúvida, Paulo usava as sinagogas como centro evangelístico; mas ele guardava o Sábado, quer fosse na sinagoga ou não.


V – TIRANDO DÚVIDAS SOBRE O SÁBADO

1 – Diferença entre o Sábado moral e os Sábados cerimoniais (Ez. 20:12,20 Os. 2:11). As Escrituras Sagradas fazem referência clara a dois sábados. A saber: o Sábado moral e o Sábado cerimonial. Um é o Sábado do sétimo dia da semana. O outro ocorria em datas fixas do ano, como se fosse um feriado nacional, visto que em hebraico não existe termo para a expressão “feriado”, pois a própria palavra “shabath” significa cessar, pausa (veja Êx. 5:4,5, onde se usa a mesma palavra no original), denotando, portanto um descanso religioso (como os que temos no Brasil). Assim é que, em forma ampla. “shabath” assinalava certos dias de festa instituídos por quando se exigia a pausa do trabalho, mas que necessariamente não caíam no dia da semana cognominado Sábado (Lv. 16:29-31). Esses Sábados cerimoniais eram em número de sete. Eles tinham uma finalidade: “eram sombras das coisas futuras” (Hb. 10:1). Esses festivais sabáticos eram os seguintes: 1) Páscoa – 15º dia do primeiro mês; 2) Festas dos Pães Asmos – 21º dia do primeiro mês; 4) Memória da Jubilação (Festa das Trombetas) – 1º dia do sétimo mês; 4) Dia da Expiação – 10º dia do sétimo mês; 6) 1º Dia da Desta dos Tabernáculos – 15º dia do sétimo mês ; 7) Último Dia da Festa dos Tabernáculos – 22º dia do sétimo mês.

2 – O Sábado que foi abolido por Deus (Cl. 2:14-17). Como já dissemos anteriormente, todos aqueles sábados cerimonias que apontavam para um futuro, ou seja para Cristo, sendo dessa forma cravados na cruz do calvário, uma vez que já tinham cumprido o seu propósito profético.

3 – A Instituição do Domingo como dia de guarda (Dn. 7:25). Na primeira parte do quarto século, Constantino, o imperador romano, se tornou cristão. Ele ainda era pagão quando decretou que os escritórios do governo, cortes e as oficinas dos artesões deveriam fechar no primeiro dia da semana, “o venerável dia do sol”, como era chamado. E foi naquele mesmo século que o Concílio de Laodicéia (321 d.C.) expressou a preferência pelo domingo. Uma vez que muitos cristãos tinham sido adoradores do Sol antes de sua conversão ao cristianismo (os adoradores do Sol guardavam o primeiro dia da semana há séculos), tornar o domingo um costume cristão seria uma vantagem para a igreja.
Assim, por vários séculos, ambos os dias foram observados lado a lado. De fato, essa prática paralela continuou até o século VI com o verdadeiro sábado sendo observado em muitas áreas do mundo cristão. Mas com o paganismo se infiltrando na igreja, sob a influência tanto da popularidade como da perseguição, o domingo foi enfatizado cada vez mais, e o sábado cada vez menos. Os escritos dos pais da igreja primitiva nos contam a história. Eles traçaram o caminho da apostasia. Eles registraram as práticas da igreja primitiva. Nenhum escritos eclesiástico dos primeiros três séculos atribuiu a origem da observância do domingo a Cristo nem aos apóstolos. Augusto Neander, um dos principais historiadores da era cristão, escreveu: “O festival do domingo, como todos os outros festivais, era apenas uma ordenança humana, e estava longe da intenção dos apóstolos estabelecer um mandamento divino a esse respeito. Não era intenção deles nem da igreja apostólica primitiva transferir as leis do sábado para o domingo” - A História da Religião e da Igreja Cristã, pág. 186.

V – AS CONSEQUÊNCIAS DA IDOLATRIA


A não obediência a lei de Deus traz sérios danos à humanidade. Vejamos:

1 – Desvia-se da verdadeiro adoração a Deus (Jo. 4:23,24). “Deus é espírito” e, portanto, não pode ser representado, nem por figuras de animais e de homens, Adorar a Deus, segundo Jesus, deve envolver nossos sentimentos, emoções e verdade.

2 – Presta-se culto aos demônios (I Co. 10:14,19-22). O apóstolo afirma que a comida dos ídolos e os ídolos não representam realidades. Mas os demônios são reais. Quando as pessoas pensam que estão sacrificando aos ídolos (deuses), na verdade estão sacrificando aos demônios. Os primitivos cristãos então foram exortados a fugir da idolatria.

3 – Desfaz-se do verdadeiro mediador entre homens e Deus (I Tm. 2:5). Havia uma doutrina herética, no primeiro século, que ensinava que havia muitos intermediários entre Deus e o homem. Até hoje há muitos cristãos que crêem na intercessão dos “santos” no céu, junto a Deus. Paulo salientou, porém, que há um só Mediador entre Deus e os homens – Aquele que morreu pelos pecados de todos – Cristo Jesus.

4 – Não herda-se o Reino dos Céus (I Co. 6:9,10; Ap. 21:8). Paulo relaciona dez tipos de pessoas imorais, que procuram o estilo de vida descrito no texto citado, e que não possuem nenhum desejo de elevar moralmente de sua degradação. As pessoas que se contentam em continuar nessa vida não herdarão o reino de Deus.

IV – FORMAS DE IDOLATRIA



Os atos de idolatria, mencionados na Bíblia, incluíam práticas revoltantes tais como:

1 – Prostituição cerimonial, o sacrifício de crianças, a bebedice e a autoflagelação, a ponto de sangrar (I Re. 14:22-24; 18:28; Jr. 19.3-5; Os. 4:13,14; Am. 2:8).

2 – Veneração dos ídolos, por partilhar com eles a comida e a bebida, em festividades ou cerimônias em sua honra (Êx. 32.6; I Co. 8:10).

3 – Curvar-se oferecer sacrifícios aos ídolos, por meio de cânticos e danças diante de tais, e até mesmo por beijá-los (Êx. 32.8,18-20; I Re. 19:18; Os. 13:2).

4 – Praticava-se também idolatria por preparar uma mesa com alimentos e bebidas para os deuses falsos, por fazer ofertas de bebidas, de bolos sacrificiais e de fumaça (incenso) sacrifical, e por chorar em cerimônia religiosa (Is. 65.11; Jr. 7:18;44:17; Ez. 8:14).

5 – A idolatria também consistia na adoração de corpos celestiais (astrologia), tais como a lua, o sol e as estrelas (Ez. 8:16; Dt. 4:15;19; 17:2,3; II Re. 17:16).

6 – Adoração de animais, anjos, demônios e homens, Sl. 106.19,20,28; Cl. 2:8; Ap. 9:20).

7 – Consistia também em fazer o filho passar pelo fogo, consultar adivinhos (búzios, tarô, sortes etc.), prognosticador (astrologia), agoureiros e feiticeiros; procurar encantadores, mágicos e necromantes (Dt, 18:10-14).